domingo, 27 de junho de 2010

TRABALHO PARA A COMISSÃO TÉCNICA


A Seleção Masculina voltou a se superar neste domingo, no segundo jogo da quarta rodada da Liga Mundial. O time comandado pelo técnico Bernardinho virou sobre a Holanda quando perdia por 2 sets a 0, em Roterdã, e conseguiu a vitória por 3 a 2, com parciais de 19-25, 23-25, 25-22, 25-17 e 15-10. Apesar da vitória, a Seleção Brasileira não jogou bem e mostrou desentrosamento, justificado por um lado, já que o ponteiro Dante volta de uma lesão e o técnico Bernardinho prioriza no momento dar ritmo aos jogadores nesta fase da Liga Mundial, analisando seus pupilos em ação e contando com maior o número de atletas. Mas não justificado por outro lado, pois se para o levantador Bruninho sobra entrosamento com os centrais, as bolas nas extremidades ainda não tiraram o melhor de Giba e nem do oposto Leandro Vissoto. O oposto brasileiro, apesar de uma excelente temporada na Itália, ainda não encantou nesta Liga Mundial. Bernardinho, porém, insiste com razão no jogador , pois sabe o que pode render com 2,12m de altura. Vissoto e Dante foram os maiores pontuadores com 14 pontos.

Antes da próxima rodada contra a Coréia do Norte Bernardinho deverá estudar os dois momentos vivenciados pela Seleção Brasileira no jogo deste domingo. O primeiro quando o Brasil perdia por 2 sets a 0. O segundo no terceiro set quando o Brasil reagiu após substituição do ponteiro Murilo no lugar do capitão Giba, dando mais estabilidade em todos os fundamentos inclusive segurança no passe, e com o erro do árbitro chinês decisivo para a conclusão do terceiro set, quando o ponteiro Murilo fez um ataque abaixo do bordo superior da rede e que saiu para fora, mas que o árbitro, equivocadamente, marcou toque no bloqueio da Holanda e deu o ponto para o Brasil. Essa não foi a única falha do árbitro que deixou muito a desejar na parte disciplinar. No final do segundo set o levantador Bruninho exaltou-se com a arbitragem após marcação correta do fiscal de linha na invasão do ponteiro Giba no saque, como o ponto finalizou o set a favor da Holanda, o levantador brasileiro, não sendo o capitão, deveria ser penalizado no início do terceiro set, mas não houve penalidade.

A Seleção Holandesa por sua vez teve seus méritos pela ótima distribuição de bola do levantador Harskamp, pelos passes do ponteiro Jeroen, que foi procurado pelos sacadores brasileiros, e o esquema tático do técnico Peter Blange no saque e no bloqueio. No saque a Holanda direcionou o flutuante em cima do ponteiro Dante, que teve dificuldade neste fundamento, e o viagem no líbero Mário Júnior, que também teve dificuldade em controlar a bola, algumas equipes na Superliga usam essa mesma tática em cima dele. No bloqueio a Holanda priorizou na maior parte do tempo as bolas pelo centro e pela ponta do levantador Bruninho, em detrimento as bolas levantadas para a saída. Talvez um bom banco de reservas tenha faltado para o técnico Peter Blange impedir a reação do Brasil, já que seus titulares deixaram-se abater após a derrota no final do terceiro set.

A Comissão Técnica Brasileira terá muito serviço pela frente, pois este foi o jogo que mais exigiu do Brasil nesta Liga Mundial. O oposto Wallace pode ser uma boa alternativa na saída, principalmente, como segundo oposto. No entanto merece cuidado especia, para não pular nenhuma etapa antes de assumir o posto, já que uma integração precoce pode ser prejudicial ao jovem atleta, podendo queimá-lo paras sempre na Seleção ou ocasionar uma lesão como aconteceu com o ponteiro/oposto Samuel.

FOTO: FIVB/Divulgação