sábado, 26 de junho de 2010

SEM RESERVAS


A Seleção Brasileira superou a Holanda, em Rotterdam, neste SÁBADO (26.06), por 3 sets a 1 e se manteve na liderança do grupo A. Os jogadores brasileiros apontaram as substituições realizadas pelo técnico Bernardinho como fundamentais para a vitória válida pela primeira fase da Liga Mundial 2010. Baseado nisto, comento a filosofia da Seleção: NÃO TER RESERVAS. Entenda.

É fato que o jogador que entra no meio da partida se por um lado está “frio”, por outro lado está cheio de gás para mostrar serviço, e com uma boa visão de fora do que o time adversário está fazendo. É fato também que cada jogador tem um estilo diferente de jogar, uma personalidade diferente, há jogador que rende bem nos momentos de pressão e outros não, há jogador que gosta da bola mais acelerada ou mais alta, há jogador que está em melhor forma física ou com mais confiança, por isso uma substituição pode mudar totalmente o andamento de uma partida e derrubar o esquema tático utilizada pelo adversário. Neste sentido os esportes coletivos são comparados ao jogo de xadrex, no caso do voleibol jogado até que uma equipe vença três sets, e nisso Bernardinho é fera, porque tem todas as peças à disposição para dar cheque mate.

O grande diferencial da Seleção Brasileira de Voleibol é que não existem reservas tanto que dos doze atletas disponíveis no jogo de hoje Bernardinho aproveitou onze, só não entrou o ponteiro Thiago Alves. Não foram substituições para o jogador do banco executar um fundamento e logo depois sair, como é de praxe no voleibol, foram substituições que construíram o resultado do jogo. O único jogador que no momento pode ser apontado como insubstituível é o líbero Serginho, mais conhecido pelo apelido de Escadinha. Não que o Mário Junior seu substituto direto não dê conta do serviço, pelo contrário, mas ainda não possui a experiência, a técnica e o espírito do campeão olímpico Escadinha, que não disputou essa Liga Mundial para tratar uma lesão cuja cirurgia está marcada. Dependendo do tempo de recuperação ele também desfalcará o Brasil no Mundial de Roma entre 24 de setembro e 10 de outubro. (Torcemos para que tudo dê certo e que Escadinha volte às quadras o mais rápido possível. Enquanto isso vibramos com os passes e as defesas do líbero Mário Júnior).

Os remanescentes Giba, Rodrigão, Murilo e Dante dispensam comentários. Esses são os alicerces para que a seleção renove mantendo a competividade. Também estão relacionados, mas não apareceram entre os doze, os jogadores: Sandro, Éder, Wallace, João Paulo, Maurício e Thiago Barth todos esses com condição técnica para a qualquer momento servir a seleção na condição de titular, também poderão garantir rotatividade agora que o Brasil realizará os jogos fora de casa. E o mais importante representam a renovação da Seleção Brasileira, pelo menos, para os dois próximos ciclos olímpicos.

FOTO: Divulgação